A Apple confirmou no seu evento de ontem (10) os seus primeiros Macbooks com o chip próprio, batizado de Apple M1. Teremos um Macbook Air, um Pro de 13 polegadas e um Mac Mini inaugurando essa nova era.
Com base na arquitetura ARM, o processador mostrou uma grande capacidade de lidar com tarefas complexas de edição de vídeos e imagens. Nos portáteis da empresa, o desempenho deverá ser 3.5x superior aos seus respetivos modelos anteriores, enquanto o chip gráfico integrado deverá ser capaz de entregar até 5x maior capacidade.
Num dos exemplos citados pela Apple, o modelo Pro chega a processar aplicações via XCode até 3x mais rápido que antecessores.
O M1 traz oito núcleos de processamento, 4 focados em eficiência e 4 em desempenho. Eles funcionam de forma dinâmica, como estamos acostumados a ver com os telemóveis. Já a GPU também tem oito núcleos e esse conjunto é capaz de entregar até 2,6 teraflops de processamento por segundo.
Isso tudo num design de 5 nanômetros, que ajuda bastante estes portáteis a alcançarem um novo nível de eficiência energética. Em gráficos divulgados pela Apple, o chip consome até 25% do que os seus rivais usam para entregar o mesmo ou mais desempenho.
Autonomia
O Macbook Air, por exemplo, pode aguentar 18 horas sem carga, maior autonomia já vista em um portátil da Maçã. Já o Macbook Pro pode chegar a 17 horas se utilizares mais para navegar na internet, e até 20 horas em reprodução de vídeo. São 10h a mais de reprodução multimédia que o Pro anterior.
O M1 traz ainda 16 bilhões de transístores. No Macbook Air a Apple promete performance no mais absoluto silêncio, enquanto que no Macbook Pro há um sistema de ventilação novo, para lidar com o estresse do processador quando está no seu máximo potencial de uso.
O novo Macbook Pro poderá trabalhar com edição de vídeo Ultra HD 8K ProRes no Davinci Resolve, sem pular um único frame no ecrã.
Os ecrãs entregam o padrão P3 que a empresa já inclui nos seus produtos. Uma novidade bem-vinda é o novo processador gráfico para webcam, que traz novas tecnologias de redução de ruído, melhorias em contraste em ambientes com baixa luminosidade e melhor deteção de rostos para otimização em videochamadas, principalmente pelo Facetime.
Outras novidades envolvendo os lançamentos é que a memória RAM é unificada, trabalhando diretamente no mesmo “pacote físico” que o novo SoC. Segundo a Apple, isso garante ainda mais agilidade. Os novos Macbooks são inclusive capazes de despertarem em tempo recorde, como fazemos com o ecrã do telemóvel para utilizá-lo imediatamente.
Ambos podem ser configurados com até 16GB de memória RAM de fábrica, com armazenamento SSD de até 2 TB. Eles trazem ainda Wi-Fi 6, e portas Thunderbolt / USB 4 que servem para carga, monitor externo de até 6K de definição, e permitem até 40 GB/s de taxa de transferência.
Compatibilidade de software
A Apple referiu que já no lançamento dos seus novos produtos, todos as suas apps nativas, pré-instalados ou não, estarão compilados de forma nativa para o Big Sur já para processadores ARM.
Além disso, a empresa confirmou que diversos developers já estão a trabalhar em versões das suas aplicações para os Macs com Apple Silicon M1.
Para soluções que ainda não terão uma app nativa a partir do lançamento dos novos Macs, a empresa lembrou do Rosetta 2, que traduzirá as apps projetadas para processadores Intel para os Macs com ARM.
Mac Mini
A Apple também oficializou um novo Mac Mini com o chip M1. Curiosamente ela destacou que no caso do seu desktop compacto, o desempenho chega a ser 5x superior em processamento e 6x em gráficos quando comparamos com outros concorrentes. Os números ligeiramente maiores que os portáteis possivelmente deve-se a um funcionamento com todo o potencial do chip.
O novo Mini contará com conexões Ethernet, Thunderbolt / USB 4, uma USB-A, HDMI 2.0 e um conector P2.
Os novos equipamentos da Maçã chegarão já na próxima semana.
fonte: tudocelular